E a View se fez...
Por Paulo Briguet

Nomes têm sentido. A palavra inglesa View significa ver, vista ou visão. Sabemos que o termo, tanto no inglês quanto no português, deriva do latim videre. Com o tempo, a expressão ganhou um sentido que vai além da dimensão física e material da realidade, passando a exprimir também o ato do conhecimento. O ponto de vista – point of view – representa um saber decorrente da contemplação da realidade. Verdade e visão são irmãs gêmeas: há os que veem para crer, mas também há os que creem para ver.

Hoje de manhã eu vi uma pequena flor amarela. Ela é um símbolo do nosso mundo. Estamos rodeados por coisas que nasceram pequenas, invisíveis – e hoje constituem a realidade em que vivemos.

Quando o Grupo View nasceu, em 1992, era uma pequena flor. Tinha outro nome: Ínnova Design. Cinara Bastos começou a trabalhar numa garagem improvisada, como fizeram tantas bandas de rock antes da fama. Eram tempos difíceis. O Brasil vivia os estertores da Era Collor, que acabaria no impeachment. A inflação superava os 1.000% ao ano. Era uma época pré-tudo: pré-computador, pré-internet, pré-celular, pré-“ctrl-z”. Um pequeno erro fazia perder dias e noites de trabalho. Mas o trabalho persistiu, porque era fruto de uma visão. Flores amarelas brotariam ao longo do caminho: ao longo dos anos, a View foi escola para muitos profissionais do design e da comunicação.

“Design é a inteligência tornada visível”, diz a famosa definição. Mas a designer Cinara Bastos e seus parceiros sempre tiveram a qualidade de enxergar além do visível. Desde os primeiros clientes da View, ficou claro que o seu conceito de design tinha implicações muito mais decisivas e sistêmicas para a vida das empresas. Hoje em dia é comum ouvir dizer que o verdadeiro design acaba por moldar a própria forma de gestão dos empreendimentos. Mas Cinara, estudiosa de filosofia e metafísica, já intuía realidades como a gestão de marcas e o design corporativo muito antes que esses conceitos entrassem na moda. Desde o tempo em que os celulares eram tão pesados quanto tijolos, o Grupo View praticava com leveza as ações que depois ganhariam nomes sofisticados. 

Pela virtude de enxergar o invisível, podemos comparar o perfil de Cinara Bastos e do Grupo View à trajetória dos pioneiros do Norte do Paraná – que há 80 anos conseguiram visualizar uma cidade no meio da floresta. Essa busca por um sentido na existência – condição básica para a sobrevivência humana, como ensina o psicólogo Viktor Frankl – permeou todas as ações da View ao longo do tempo.

Empreender, em nosso país, é reunir qualidades que só a experiência diária é capaz de produzir. Há de se ter flexibilidade, criatividade, companheirismo, doação, humildade, espírito de inovação. Acima de tudo, é preciso coragem – qualidade que permite a existência de todas as outras. Assim se fazem os Dons Quixotes do empresariado brasileiro.

A estratégia adotada pelo Grupo View, ao utilizar seus talentos para alavancar empresas, é a parceria com a própria vida. Cada briefing realizado com um cliente não se resume a uma simples conversa, mas ganha o caráter de uma perscrutação do espírito e da identidade. Para Cinara Bastos, não basta enxergar um negócio. É preciso entender e apoiar a pessoa que o idealizou. Talvez por isso o Grupo View tenha conquistado uma sólida reputação no mercado com base apenas no “boca a boca”, ou seja, na confiança dos clientes e parceiros que compartilharam os mesmos caminhos.

O olhar sistêmico, a valorização do sonho, a visão intelectual, a criação da identidade, a inteligência a serviço da beleza, a beleza a serviço das ideias – todas essas virtudes são cultivadas no jardim de conceitos chamado Grupo View. Mais do que uma agência, mais do que uma assessoria. Um lugar que compartilha serviço, conhecimento e gratidão pelos clientes e amigos. Um lugar em que sua empresa encontrará formas diferentes de pensar o mundo, os negócios e a comunicação. Um novo ponto de vista, que ao mesmo tempo é a continuidade e a evolução de um trabalho consolidado em duas décadas. A pequena flor que nasceu em 1992 tornou-se um campo multiplicador de talentos, onde a generosidade é a principal ferramenta de transformação evolutiva.

Para que uma flor nasça, é preciso haver luz. Logo no começo do Livro do Gênesis, Deus ordena: “Faça-se a luz”. E a luz se faz. Assim deve ser o nosso recomeço de todos os dias. Assim faz o Grupo View. É ver para crer. E crer para ver.